Sobre ver filmes na TV

Post rapidinho, só pra não perder a inspiração repentina e madrugadora.

Chega um dia em que todo amante de cinema e pretenso escritor (nem que seja só de blogs) escreve sobre como os filmes foram e são importantes em suas vidinhas miseráveis, como eles ajudaram a serem o que são, etc. Bem, hoje não é este meu dia.

Agora são três e três da manhã, de sexta para sábado. Acabo de ver no twitter alguém (mentira, não é só alguém, é o @jovemnerd) comentando que daqui a pouco vai passar Aliens - O Resgate no Corujão da Globo. Aliens é um filme que eu adoro, e posso dizer que, ainda hoje, é um dos filmes de ação mais foda que existe.

Aí que eu fiquei com vontade de assistir. Só que eu tenho o Bluray desse filme (aliás, comprei o box da quadrilogia, cheio de extras, pra quem gosta da série, é bem legal). Aí me bateu a seguinte questão: se eu tenho o bluray, com qualidade superior (imensamente superior no meu caso, já que TV aqui em casa é uma negação em termos qualitativos), por que não simplesmente colocar o disco pra tocar?

Acontece que estou na dúvida se eu assisto na TV ou no Bluray. Pior, provavelmente assistirei na TV, mesmo com propagandas e com uma provável dublagem capenga. Por que? Porque sou idiota? Não. Quer dizer, sou idiota por outros motivos, não esse. Mas é que, pra quem tem em torno dos trinta anos (como eu), cresceu vendo filmes na televisão. E mais, provavelmente passou finais de madrugada, depois de voltar de alguma balada ou festa, sem ter pego ninguém, assistindo Corujão na Globo. Ou mesmo só deixando a TV ligada enquanto fazia algum trabalho escolar até a madrugada. Ou simplesmente vendo TV de madrugada porque adolescente tende a trocar o dia pela noite.

Não importa, ver TV carrega um componente emocional. Quando eu viajo a uma cidade que não conheço, quando desembarco do avião ou ônibus (mais provavelmente do ônibus), me sinto em outro tempo e lugar. É a sensação do novo, do inesperado, do inexplorado. E, geralmente, isso é acompanhado por uma certa apreensão, um certo medo. Que, pra mim, é dissipado ao eu fazer duas coisas. A primeira é olhar para o céu e perceber que é basicamente o mesmo céu que eu olho de onde estou acostumado. E a segunda coisa, é comer um pão de queijo com café (sempre tem pão de queijo, ou salgado similar) num barzinho de rodoviária (ou muito raramente, no meu caso, num aeroporto) e ver a TV ligada, que invariavelmente vai estar sintonizada na Globo.

Talvez este post tenha ficado sem muito sentido, mas é que estou correndo. Porque o filme já vai começar...

P.S. Que programa chato pra caramba esse corujão de esportes.
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