tag:blogger.com,1999:blog-5950166252028484512024-03-05T12:04:13.785-08:00Eu, eu mesmo, mas sem IreneAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-61350027317156435842013-11-26T14:36:00.004-08:002013-11-26T14:36:57.847-08:00I see a lot of humans but no humanityHoje, no caminho pra casa, vi uma menina com uma camiseta com a frase do título. Eu vejo muitos humanos, mas nenhuma humanidade.<br />
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A cada dia, essa frase ganha mais força. Imagino quando ela será 100% verdadeira.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-79092969798181334352013-03-16T07:16:00.002-07:002013-03-16T07:16:55.443-07:00Tenho pena das modelosMe veio este pensamento e acho que vale a pena deixá-lo anotado.<br />
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Estava navegando a esmo e vendo umas fotos de ensaios fotográficos de modelos e pensei o seguinte: como deve ser frustrante pra essas mulheres se verem nas fotos ensaios finais, quando elas passam por um pesado processamento no Photoshop. Deve ser como ver uma versão melhorada de você mesmo, mas uma versão que provavelmente você nunca irá alcançar, um seu "eu" impossível e melhorado.<br />
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Tem gente com cabeça de vento (tipo deslumbradas ex-bbbs) que deve até sentir orgulho vendo os próprios corpos re-esculpidos pelo computador. Mas para aquelas não tiveram o cérebro fritado, deve ser frustrante. <br />
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E sinto mais pena ainda daquelas que tentam se enganar, vivendo num mundo de fantasia, onde os olhos somente enxergam aqueles pixels adulterados. Tipo <a target="_blank" title="Suzana Vieira é lamentável" href="http://estou-sem.blogspot.com/2009/05/suzana-vieira-e-lamentavel.html"><b>esta mulher lamentável</b></a>, que acabei de lembrar.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-53134266177487086642013-01-28T17:02:00.000-08:002013-01-28T17:02:39.395-08:00Tomando soro no banheiro do shoppingFato: os shopping centers são hoje o que a igreja já foi há muitos anos atrás: o ponto de encontro da cidade, onde todos vão se socializar, mesmo que não façam nada daquilo que o lugar propõe (nem rezar outrora, nem comprar atualmente). As pessoas vão para lá só para passear mesmo, o que eu realmente acho uma coisa triste, especialmente quando parques são tão melhores para isso.<br />
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Mas não vou falar mal de shoppings (sem o center, já estamos bem íntimos pra podermos nos tratar pelo primeiro nome). Até porque eu mesmo vou muito para estes locais, apesar de sempre ter um objetivo definido. Quase sempre, direto para os multiplexes de cinema com seus copos de meio litro de refrigerante e pipoca quentinha.<br />
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Na verdade, nem quero falar dos shoppings em si, mas de coisas que a gente vê ali. Ou escuta.<br />
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Por exemplo, outro dia estava eu ali no shopping, fui no banheiro jogar angry birds. O banheiro estava meio vazio, e eu pude ouvir claramente a conversa de um outro rapaz que estava ali dentro, no celular:<br />
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- Não, amor, o médico queria fazer a cirurgia hoje, mas eu disse que não ia dar, que é melhor esperar.<br />
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(Eu pensando: quem será que deve estar mal assim?)<br />
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- Não se preocupa, mais tarde eu passo aí.<br />
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(Ok... deixa eu ver se consigo três estrelas nesta fase...)<br />
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- Agora não vai dar, tô tomando soro. <br />
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(Epa, como assim, o cara veio pro shopping com soro na veia? Lembrem-se que eu não vi o rapaz, já que estava no meu gabinete fechado, só ouvia.)<br />
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- É, a enfermeira já está aqui, pra aplicar o soro.<br />
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(Ah, que caô...)<br />
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- Não, olha, vou ter que desligar logo, a enfermeira já tá aqui pra colocar o soro.<br />
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(Olha q fdp, deixando a provável namorada preocupada pra ir saracotear no shopping... Admito que pensei na hora em fazer algum barulho ou falar alto denunciando não estarmos num hospital, mas resolvi não me meter. Afinal, quem me garante que a mina não faz coisa parecida também? Tem casal que se merece.)<br />
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- Tchau, beijo, beijo.<br />
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É, tem cada coisa que a gente presencia...<br />
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E não consegui nenhuma estrela a mais naquele dia.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-74095966837410413982012-06-29T23:18:00.000-07:002012-06-29T23:21:04.782-07:00Sobre ver filmes na TVPost rapidinho, só pra não perder a inspiração repentina e madrugadora. <br />
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Chega um dia em que todo amante de cinema e pretenso escritor (nem que seja só de blogs) escreve sobre como os filmes foram e são importantes em suas vidinhas miseráveis, como eles ajudaram a serem o que são, etc. Bem, hoje não é este meu dia.<br />
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Agora são três e três da manhã, de sexta para sábado. Acabo de ver no twitter alguém (mentira, não é só alguém, é o <a target="_blank" href="http://twitter.com/jovemnerd"><b>@jovemnerd</b></a>) comentando que daqui a pouco vai passar <b>Aliens - O Resgate</b> no Corujão da Globo. Aliens é um filme que eu adoro, e posso dizer que, ainda hoje, é um dos filmes de ação mais foda que existe. <br />
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Aí que eu fiquei com vontade de assistir. Só que eu tenho o Bluray desse filme (aliás, comprei o box da quadrilogia, cheio de extras, pra quem gosta da série, é bem legal). Aí me bateu a seguinte questão: se eu tenho o bluray, com qualidade superior (imensamente superior no meu caso, já que TV aqui em casa é uma negação em termos qualitativos), por que não simplesmente colocar o disco pra tocar?<br />
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Acontece que estou na dúvida se eu assisto na TV ou no Bluray. Pior, provavelmente assistirei na TV, mesmo com propagandas e com uma provável dublagem capenga. Por que? Porque sou idiota? Não. Quer dizer, sou idiota por outros motivos, não esse. Mas é que, pra quem tem em torno dos trinta anos (como eu), cresceu vendo filmes na televisão. E mais, provavelmente passou finais de madrugada, depois de voltar de alguma balada ou festa, sem ter pego ninguém, assistindo Corujão na Globo. Ou mesmo só deixando a TV ligada enquanto fazia algum trabalho escolar até a madrugada. Ou simplesmente vendo TV de madrugada porque adolescente tende a trocar o dia pela noite. <br />
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Não importa, ver TV carrega um componente emocional. Quando eu viajo a uma cidade que não conheço, quando desembarco do avião ou ônibus (mais provavelmente do ônibus), me sinto em outro tempo e lugar. É a sensação do novo, do inesperado, do inexplorado. E, geralmente, isso é acompanhado por uma certa apreensão, um certo medo. Que, pra mim, é dissipado ao eu fazer duas coisas. A primeira é olhar para o céu e perceber que é basicamente o mesmo céu que eu olho de onde estou acostumado. E a segunda coisa, é comer um pão de queijo com café (sempre tem pão de queijo, ou salgado similar) num barzinho de rodoviária (ou muito raramente, no meu caso, num aeroporto) e ver a TV ligada, que invariavelmente vai estar sintonizada na Globo.<br />
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Talvez este post tenha ficado sem muito sentido, mas é que estou correndo. Porque o filme já vai começar...<br />
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P.S. Que programa chato pra caramba esse corujão de esportes.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-25608143854847935462012-03-02T17:08:00.000-08:002012-03-02T17:08:36.341-08:00Memórias de um cachorro quente sem salsichaHoje voltando pra casa, estava cansado e com fome, mas sem vontade de comer nada pronto, tipo um salgado ou uma bolacha. Então parei numa banquinha de lanches que tem aqui perto e pedi um hot dog de frango, prensado. Detalhe curioso: o hot dog de frango só vai frango desfiado, não tem salsicha. Acho isso muito estranho, afinal, o que faz um cachorro quente é a salsicha, seja ele estufado com outros recheios ou não. Acho que isso é uma coisa regional, daqui de Floripa, sei lá. Afinal, em Maringá você podia pedir um super mega hiper cachorrão, que mesmo atulhado de coisas, estava lá a salsicha cortada aberta ao meio.<br />
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E trazendo o lanche pra casa, pensando nas diferenças semânticas entre cachorros quentes daqui e de lá, um pensamento foi encadeando no outro, e acabei num momento saudosista, da época de faculdade, que fiz em Maringá. Talvez porque o cachorrão seja um prato típico da cidade (especialmente pra universitários sem muita grana), talvez porque eu esteja ficando velho e é isso o que velhos fazem (ficar lembrando o passado). Sei lá, o fato é que o lanche me desencadeou algumas memórias afetivas da época. Provavelmente, a maioria dessas memórias é incompleta ou inventada, já que a minha memória nunca foi exatamente boa pra lembrar de fatos da minha vida, mas sejam elas realidade ou não, quem se importa?<br />
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Lembrei de várias noites passadas no laboratório, fazendo inúmeros trabalhos da faculdade. Lembrei que lá de madrugada, às vezes a gente dava uma pausa (porque sabia que não estava rendendo mais quase nada, caindo de sono e cansaço) e íamos num dos trailers de cachorro quente que ficavam ao lado da universidade. E a oferta de cachorrões era grande. O laboratório era perto de uma grande avenida da qual a universidade fazia fronteira, e só do lado da universidade da avenida, havia dois trailers, um em cada ponta da quadra. E atravessando a avenida, havia mais outro. E claro, andando um pouco mais, atravessando umas duas quadras (grandes, com o velho supermercado Condor, numa das quadras), chegávamos a mais um trailer de cachorros quentes, dos bons. <br />
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Lembrei também de ocasiões em que quase a turma inteira varava as noites no departamento fazendo trabalhos, em diferentes laboratórios. E que de vez em quando, a gente saía de um, batia na porta de outro pra dar uma olhada no andamento deles, pedir e dar ajuda, ou só distrair um pouco do cansaço. Lembrei também que o pessoal do laboratório de eletrônica digital (acho que era esse o nome do laboratório, não lembro), mais precisamente os nossos amigos Koala e o Bart, às vezes levavam um belo "arsenal" pra varar a noite, incluindo refrigerantes, bolachas e outras porcarias alimentícias do gênero.<br />
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Lembrei também de uma ocasião em que estávamos implementando uma parte de um compilador (se você não sabe o que é isso, não queira entender, basta saber que é algo foda e complexo), varávamos a noite programando, eu e mais dois amigos que formavam o grupo. E lá depois das quatro da manhã, quando estávamos todos meio zumbis, revezávamos no trabalho, um digitando o código, outro conferindo ao lado e o terceiro tirando uma soneca.<br />
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Lembrei também de alguns apertos gastro-intestinais que passei naquela porcaria de universidade sem estrutura física. O banheiro do departamento era fechado a noite, restando apenas um banheiro público (que era muito do mal cuidado, sujo e podre). E detalhe: que nem sempre permanecia aberto de noite. Assim, às vezes depois de comer porcarias, dava aquela vontade de passar um fax, falar com o Wanderlei Cardoso, soltar um barro, etc. E nem sempre o banheiro estava aberto. Nessas ocasiões, rumo à guarita, onde ficavam os vigias, pra pedir a chave. E nem sempre o banheiro estava em condições de uso humano. Era um sufoco. <br />
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Uma vez, quando eu morava a cerca de uns 20 minutos do departamento, varava a noite fazendo um trabalho. Mas tinha comido alguma coisa que não havia me feito bem. Aí, já viu, né? Fui pro banheiro da universidade, mas estava impossível. Além de não ter papel higiênico, parecia que havia tido uma guerra biológica ali dentro. Suando frio, não tive dúvidas. Avisei a galera que ia pra casa, mas que logo voltava. E fui pra casa com o cu na mão, como diz a expressão. Mas consegui chegar a tempo, e no final, tudo acabou bem. Não antes de implorar a todos os deuses por uma ajudinha, claro...<br />
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Sorte que o departamento era formado de maioria masculina. Assim, idas a um banheiro mesmo eram raras. Mas vou te dizer que as árvores e as flores em volta do departamento eram bem saudáveis, bonitas, frondosas. Provavelmente devido à constante irrigação e fertilização noturna dos jatos de urina da galera...<br />
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Bem, por hoje chega de lembranças. Sim, esse post é sem sentido. Não tem uma historinha, nem uma lição. Só um ponto final.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-29760566152392102532012-02-08T17:44:00.000-08:002012-02-08T17:44:59.239-08:00House e euComo podem ver, eu não morri, só fiquei muito tempo ausente deste blog. Talvez eu mantenha a taxa de atualizações deste blog com a minha média de idas à praia: uma vez por ano. Quem sabe...<br />
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Mas não foi pra falar disso que eu resolvi abrir o bom e velho editor do blogger. Foi pra falar de House, a série, e não a casa. Quem acompanha ou acompanhava <a target="_blank" href="http://estou-sem.blogspot.com/search/label/house"><b>o meu outro blog</b></a> há algum tempo, sabe que eu sempre fui fã do médico rabugento e genial viciado em Vicodin. Claro, "sempre" é um exagero, uma hipérbole, mas como eu realmente gosto da série, me permitam isso.<br />
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E hoje eu vi a notícia que <a target="_blank" href="http://www.ligadoemserie.com.br/2012/02/house-esta-cancelada/"><b>House foi cancelada</b></a>. Sentirei falta, já que a série é uma das minhas preferidas e uma das pouco que eu acompanho com uma certa regularidade.<br />
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House tem defeitos? Sim, tem, e muitos. No geral, a série sofre com a clássica síndrome da repetitividade gerada pela estrutura de "monstro da semana", que no caso, é o paciente da semana. Este termo, monstro da semana, era muito usado na época pré-histórica (ou seja, pré-internet) em que Arquivo-X fazia sucesso (se bem que o termo deve vir de muito antes), e se referia à estrutura manjada de episódios que traziam um monstro ou algo misterioso e que não tinha nada a ver com o arco principal da temporada, sendo que estes episódios que construíam a "história" (ou mitologia da série), geralmente eram uns cinco ou seis por temporada. <br />
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House sofre de problema semelhante, com algumas pequenas diferenças. Como os arcos de House são muito centrados nos personagens, mesmo episódios regulares conseguem trazer algum empurrão no arco, já que no meio do problema do paciente, sempre há espaço para desenvolver um pouco mais de algum personagem. E isso eu acho muito legal. Entretanto, há um limite para o que você pode fazer com os personagens, e depois de oito temporadas, isso se torna cada vez mais visível. Não é à toa que a série melhora muito quando introduz novos subalternos de House, pois pode-se explorar aqueles personagens novos. Porém, como o grande charme da série é o personagem principal, mesmo com novos assistentes, a série tende a se estagnar com o tempo, afinal, House não muda. Pode até dar uma disfarçada por algum tempo, mas ele não é hipócrita, pelo menos com seu mantra: <b>people don't change</b>.<br />
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Apesar de adorar quando os roteiristas fogem da fórmula padrão dos episódios (geralmente, nos season premiere e season finale), eu também gosto dos episódios "quadradinhos", com a estrutura definida, de House. De certa forma, isso pra mim é relaxante. Repetição. Me lembra também a infância. Quando crianças, vemos e revemos a mesma coisa repetidas vezes, e não nos cansamos daquilo. Já reparou como crianças assistem o mesmo filme ou DVD no repeat? É da natureza delas, afinal, a repetição ajuda-as a aprender sobre o mundo. Claro, como adultos (pelo menos na carteira de identidade), não precisamos mais dessa repetição desenfreada. Conseguimos compreender as coisas mesmo assistindo apenas uma vez (exceto algumas obras do David Lynch). Mas está lá, incutida em nossa memória emocional, como era assistir dez mil vezes alguma coisa. Por isso, pelo menos pra mim, é que eu ainda gosto de assistir algumas séries com fórmula-padrão. De certa forma, isso remete à infância, tão longe e tão esquecida, que só me sobraram fragmentos... Obviamente, não é qualquer coisa que eu aprecie ver repetidas vezes, pois o lado adulto ainda se mantém ativo. Então, séries como House são perfeitas, porque: 1. têm uma estrutura repetitiva, que traz segurança; 2. têm personagens interessantes e sempre variam algum detalhezinho, o que faz com o que o lado adulto não saia revoltado gritando "seu retardado". Ok, ele até sai gritando às vezes, mas um tapa na cara e ele se acalma.<br />
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Mas essa não é a única razão pela qual eu adoro House. Como qualquer coisa que adoremos, tem mais a ver com a gente do que com a coisa em si.<br />
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Sei que é pretensão e eu sou mesmo muito convencido, mas me identifiquei com o House, especialmente quando comecei a assistir a série (hoje não tomo mais nenhum vicodin, então passou). Não, nunca tomei nenhum opiáceo (apesar de achar que deva ser divertido - hey, Steve Jobs era a favor de viagens, cara!), mas na época em que comecei a assistir House, eu estava bem deprimido. Miserável, pra usar uma das palavras que mais era falada na série nas primeiras temporadas. E claro, eu não manco nem tirei músculos da perna, mas emocionalmente, quem nunca transferiu suas dores emocionais pra algo físico, nem que seja uma simples dor de cabeça? (Isso, pelo menos, eu fiz muito quando era criança.) Some a isso o fato de que adoro um sarcasmo (não, não sou tanto quanto o House - mas um dia eu chego lá) e que me considero intelectualmente privilegiado. Pode até parecer que sou convencido, e sou mesmo (mas claro que disfarço isso muito bem). Por tudo isso, me identifiquei com o personagem. Na verdade, na época até gostaria de ser ele, pois, ao contrário de mim, pelo menos ele tinha uns casos maneiros e sempre acabava resolvendo tudo, no melhor estilo Sherlock Holmes (Holmes -> Home -> House, assim como Watson -> Wilson).<br />
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Mas enfim, minha fase deprê mais forte passou, também em parte, graças ao alívio que a série me trazia (lembrando: identificação com o personagem, que mesmo fudido, conseguia resolver coisas legais). Faz tempo que não me classifico mais como miserável (atualmente, estou mais para apático), mas ainda assim, guardo com boas lembranças os momentos de escapismo que a série me proporcionou.<br />
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E infelizmente, isso vai acabar. Mas, como já disse a Oráculo uma vez numa certa matriz, tudo que tem um começo, tem um fim. Espero que o doutor House tenha, pelo menos, um bom fim.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-75643637250435252162011-09-11T16:22:00.000-07:002011-09-11T16:23:59.099-07:00Se eu morrer amanhãAmanhã viajo. Uma semana fora. Toda vez que faço uma viagem mais longa, dessas que tenho que passar mais de três dias fora de casa, tenho a impressão de que não vou mais voltar. Até hoje, como vocês podem supor, nada aconteceu (a tecnologia google não chegou ao pós-vida ainda). Mas sempre tenho essa coisa de antes de viajar, deixar tudo pronto, não deixar nada pendente, adiantar as coisas. Como se eu não voltasse mais.<br />
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Isso é uma coisa que sempre me acontece, por isso, se eu morrer em algum desastre de avião, por favor, não falem que o autor deste blog teve uma visão à la Premonição ou o que quer que seja.<br />
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Mas voltando ao assunto, viajo amanhã. E de acordo com essa lógica torta que eu tenho, hoje então seria o meu último dia por aqui. E fiquei pensando, perguntando pra mim mesmo: o que você faria no seu último dia? <br />
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Hoje não foi um dia nada especial, foi um domingo mais ou menos normal. Acordei mais tarde, como de costume aos domingos. Comi granola com leite no café da manhã, coisa que faço quase todos os dias. Entrei na internet, fiquei navegando e vendo meus itens no Google Reader, agendei uns posts (ah sim, se eu morrer amanhã, nos meus outros blogs vão ter vários dias de posts ainda!), enfim, fiquei matando o tempo no micro.<br />
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Fui almoçar tarde, nenhuma comida em especial. Depois fui no cinema. Assisti o filme <a target="_blank" href="http://www.ohomemdofuturo.com.br/blog/"><b>O Homem do Futuro</b></a>. Excelente filme, um dos melhores que já vi. Uma bem resolvida mistura de De Volta Para o Futuro e Efeito Borboleta (dois outros filmes que tenho em alta estima). Apesar da sessão ter muitos grupinhos de adolescentes, foi bem tranquila. Aliado ao fato de eu estar sentado meio longe desses grupos, o filme conseguiu chamar a atenção e calar a boca da molecada.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" height="191" width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbv4D7AQM4n5fJv0lnCqk1qmMO8LZKCp64suqmZ3-08Y35AwlOo4R6H-pYVwYAVpkvMWATSQAJHCRj4BZeMq6yj4RMM1CmEmah0wStcgh2Qsr7zExEdVisEBPwIbMLvtEx_1SMrJmlupo/s400/02_MHG_homemdofuturo-300x191.jpg" /></div><br />
Saí da sala do cinema e não como não estava com vontade de ficar perambulando pelo Shopping, fui embora. No caminho, comecei a pensar sobre talvez esse ser o último dia da minha vida atual. Aí resolvi me fazer um agrado e passei no mercado pra comprar um Haagen-Dazs e outros quitutes. Afinal, se o avião cair ou outra coisa acontecer, pensei, pelo menos não fiquei na vontade por um último Haagen-Dazs.<br />
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Assim, cheguei em casa, coloquei pra passar no micro um filme que eu tinha baixado (e que se serve de desculpa, não foi lançado nos cinemas aqui) e fui abrir meu precioso (Golum feelings) potinho de sorvete. E que desgraça, sem querer eu peguei o sabor errado (em vez do meu favorito Chocolate Midnight Cookies, peguei o meio sem graça Cookies & Cream).<br />
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Aí, estava eu aqui pensando... Se esse fosse o meu último dia por aqui, teria sido um dia muito do chato. E que terminou com um sorvete errado, ainda por cima...Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-38312295733946585262011-07-03T17:10:00.000-07:002011-07-03T17:10:38.308-07:00Que maravilhosos tempos vivemosRealmente, a gente não dá valor aos tempos atuais.<br />
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Estava eu revendo clipes e filmes meio velhos, em pleno domingo a noite, numa onda saudosista, quando me dei conta de que isso é coisa de velho. Então, declaro oficialmente aqui que estou velho.<br />
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Mas antes de me tornar um vovô Simpson, que vive reclamando de tudo, pensei em algumas coisas...<br />
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Repararam que velhos (de espírito) sempre acham que o passado foi melhor? É aquela coisa de saudosismo (meio idiota, mas totalmente humano) do qual <a target="_blank" href="http://estou-sem.blogspot.com/2011/06/filme-meia-noite-em-paris.html"><b>o Woody Allen fala em seu último filme</b></a>. Então, uma maneira de se identificar um velho (de espírito) é ver se ele fala que no tempo dele as coisas eram melhores.<br />
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O que é uma tremenda estupidez. E se a pessoa escreveu isso online, ainda por cima, é uma idiotice maior ainda. Em que tempo poderíamos fazer nossas reclamações não serem ouvidas (mas com a ilusão de serem) pelo mundo todo? Twitter está aí pra isso. Aliás, o meu é esse aqui: <a target="_blank" href="http://www.twitter.com/eeyamane">@eeyamane</a>, não que eu ache que alguém se importe.<br />
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Mas o que mais me deixa orgulhoso (!) de viver nessa época são as possibilidades. Clichê dizer isso, mas hoje elas aumentaram tanto que o clichê de infinitas possibilidades não é tão descabido assim (quer dizer, infinitas não são, mas a gente perdoa o entusiasmo). Por exemplo, estava eu aqui ouvindo/vendo alguns clipes favoritados no youtube, quando chega a vez desse aqui, da cantora Mia Rose:<br />
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<iframe width="560" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/bDddcEsVvqA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
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É uma música bacaninha e a cantora é bonitinha, mas não é por isso que estou falando dela. Outro dia na Antena1 eu ouvi essa música e achei legal. Fui procurar quem cantava e encontrei essa Mia Rose. Só que, epa! Eu já seguia essa menina no youtube! Bem antes dela lançar o single por uma gravadora. Ela começou colocando alguns covers que ela cantava e tocava violão no youtube, e foi indo assim, até, de uma certa maneira, encontrar seus 15 minutos iniciais de fama (espero, sinceramente, que durem mais). <br />
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Mas não é uma época maravilhosa? Quais as chances, em outros tempos, de você ficar conhecendo o trabalho de bons artistas antes mesmo deles entrarem no mainstream? Essa é uma das razões pelas quais eu nunca devo dizer que antigamente era melhor do que hoje. Abençoada seja, Internet. E hail ao Google, o seu mensageiro.<br />
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Ah, outra razão pela qual hoje é melhor do que antigamente é que hoje podemos ficar vendo os vídeos de antigamente pelo youtube. Rá, toma essa!Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-48945447407796465772011-06-20T05:01:00.001-07:002011-06-20T05:03:34.978-07:00Conversinhas no ônibusPegar um ônibus que passa por uma faculdade pode não ser lá muito confortável (porque a lata de sardinha só vai enchendo, enchendo, até finalmente esvaziar no ponto da "facul" depois de quase explodir). Mas certamente rende algumas boas historinhas pra um ouvido mais atento, especialmente se os jovens forem na maioria, AS jovens.<br />
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Tirando o irritante fato de que nenhuma delas tem nome (todas são uma massa amorfa que se tratam basicamente por "amiga", dizendo "ai amiga bla bla bla", "ai amiga ble ble ble"), é interessante (e engraçado) ouvir as fofocas anônimas. Hoje mesmo, enquanto fofocavam sobre um happy hour qualquer, comentavam sobre um fulano. Esse fulano, diziam elas, era meio ruim da cabeça. Mas na minha avaliação, era apenas um bruto, um ogro júnior. Tudo porque ele disse pra uma das meninas que ela era gorda, no começo da festa.<br />
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O pior é que a "amiga" realmente se sentiu mal. Saiu da festa, ficou chorando num canto até outra "amiga" chegar e perguntar o que acontecera. No fim, a "amiga" gordinha disse que foi pra casa e ficou chorando no travesseiro. Provavelmente o cara pegou a menina numa TPM brutal. Até porque eu vi a menina, e porra, se aquilo é ser gorda, eu não existo mais, explodi num big bang lipídico. Sim, a menina era bem normal... Ai ai, jovens mulheres. Ou melhor. Ai, ai, "amiga"...<br />
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Como eu odeio esse "amiga". Como soa falso na boca dessas garotas mimadas, egoístas e egocêntricas...<br />
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Aliás, acho que ou essas meninas não guardam nome nenhum, ou então veem as pessoas simplesmente por um papel momentâneo que os outros desempenham. O caso "amiga" já diz muito, mas hoje também escutei a conversa de duas meninas universitárias (me recuso chamá-las de mulheres, apesar de já terem idade para isso). Uma delas falava frequentemente do namorado, quase sempre em tom de superioridade (imagino que a outra não devia ter um). O problema é que o tal namorado, em nenhum momento, nunca, foi chamado pelo nome. Foi sempre "meu namorado isso", "meu namorado aquilo"...<br />
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Tudo bem que a outra menina poderia não conhecer o namorado, sendo que a menção ao nome não traria muita luz à conversa. Mas à menina do namorado, bastaria mencionar uma vez "o Fulano, meu namorado, bla bla bla". Mas não, o fulano era realmente um fulano, era sempre o "meu namorado". E olha, de curiosidade eu comecei a contar as referências a ele, e digo que depois que eu comecei a contar, foram umas cinco vezes. Sempre sem nome. Sempre apenas o papel que o fulano desempenha. O namorado.<br />
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E é interessante notar também o egocentrismo dessa "moçada". Sempre é "MEU namorado". Além de desmerecer a personalidade do outro, reduzí-lo a um papel, só é relevante porque ele desempenha um papel PARA MIM. "Meu", "meu, "meu"...<br />
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Eu sou um velho por natureza (com uns dezoito, já era velho), por isso, o que vou dizer é normal (velhos sempre dizem isso). Mas porra, na minha época não tinha (tanto) disso não. Ou seria algo local? Afinal, passei minha juventude (em termos de idade) em outros lugares, e não no [SARCASMO]<sarcasmo><sarcasmo>paraíso na terra[/</sarcasmo></sarcasmo>SARCASMO] conhecido como Florianópolis (que TEM SIM uma juventude classe média de cabeça de melão).Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-27778589544883451092011-05-08T07:05:00.001-07:002011-05-08T07:05:58.139-07:00Historinhas no busãoQuem quer ser antropólogo nessa vida, TEM que andar de ônibus por essas cidades. Não só vai aprender um bocado, como deve achar várias linhas interessantes de pesquisa.<br />
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Ontem mesmo fiquei ouvindo algumas conversinhas de garotas. Não que eu estivesse espiando, mas quando elas ficam fofocando atrás de você, é difícil não ouvir.<br />
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No primeiro caso, eram duas jovens mulheres, com idades que provavelmente as habilitariam a participar de um pornô de nome "alguma coisa teen" ainda. Uma das meninas estava puta (no sentido figurado) contando pra outra que a haviam praticamente chamado de puta (no sentido bíblico). Pelo que eu entendi, essa menina que estava puta (em qualquer sentido que seja) morava numa casa com mais alguns amigos e o pai de um desses amigos. Não ficou claro na conversa se quem pagava as contas da casa era esse cara. Bem, de qualquer jeito, a menina contava que não tinha namorado mas tinha vários peguetes e os levava pra casa (pra brincar de casinha). Acontece que há uns dias atrás, um desses amigos beneficiários dela foi dormir na casa dela. Na noite não rolou nada, mas de manhã, lá pelas seis da matina, o galo cantou. E acontece que o pai de um dos que moram na casa ficou meio puto com isso, dizendo que não conseguiu dormir por causa do barulho e que ali não era motel. E a garota que estava no ônibus ao lado dessa menina, perguntava se ela tinha feito muito barulho na trepada, mas a safadinha, até meio envergonhada (pois é!) só falava: mas não dava pra ouvir nada, nem fulana nem outro ciclano que estavam a dormir ali ouviram um gemidinho sequer...<br />
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O engraçado é que a menina não tinha pudor nenhum em admitir que dormia com um monte de gente, mas morria de vergonha de dizer que tinha dado pro cara naquela manhã. Vai entender...<br />
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A segunda história é mais comportadinha. Eram três adolescentes sentadas atrás de mim no ônibus, naquela idade em que as meninas são idiotas, ou melhor, adoradoras de ídolos teen à la Justin Bieber. Bem, o problema de uma delas era que ela queria terminar o "relacionamento sério" dela e não sabia o que dizer para o namoradinho. E as outras duas estavam dando "ótimas" dicas pra ela, dicas essas com certeza aprendidas em revistinhas teen e em comédias românticas mequetrefes (isso se elas fossem ao cinema, senão poderia ser em novelas da Globo mesmo).<br />
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Sério, rolou até aquela clássica cena de "vamos lá, finja que eu sou ele e diga pra mim que você quer terminar". E claro, a menina que não sabia como terminar ria de nervosa (afinal, este é um assunto seríssimo!) e a outra dizia "se concentra, se você rir na frente dele, ele vai achar que é brincadeira e não vai te levar a sério".<br />
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Ah! E segundo uma dessas meninas que a aconselhavam, em toda a sua grande sabedoria sobre relacionamentos (uma hora a menina em dúvida perguntou como ela sabia de todos esses grandes macetes, e a outra respondeu num tom orgulhoso: "ah, a vida me ensinou", ou algo de teor parecido), se na conversa o outro vier falar que precisa "conversar sério", não deixe o outro falar primeiro, fale você e termine de uma vez, porque assim, se ele fosse terminar também, você que terminou com ele. A menina em dúvida questionou o porquê disso (já que pra ela, o que importava era terminar mesmo), e a outra fala: "Ah! é pra sair por cima!". <br />
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Pois é.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-91570351017514187152011-02-01T17:54:00.000-08:002011-02-01T17:54:28.640-08:00Pode cumprimentar que eu não mordoIsso vai ser um recorde, dois posts no mesmo dia neste blog...<br />
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Bem, aconteceu enquanto eu esperava <a target="_blank" href="http://eumesmosemirene.blogspot.com/2011/02/dura-vida-de-quem-pega-onibus.html"><b>o maldito ônibus que não peguei</b></a>. Estava eu de pé em um canto da casinha do ponto de ônibus, quando passa por mim uma bela mulher. Que eu admito, demorei uns segundos pra reconhecer que era <a target="_blank" href="http://eumesmosemirene.blogspot.com/2010/06/hoje-levei-um-fora.html"><b>a menina do cinema</b></a> (só digo uma coisa: como um uniforme transforma uma pessoa). Bem, pra relembrar rapidamente, era uma garota que sempre me cumprimentava e que um dia, eu chamei pra sair sem sucesso, obviamente, ou não estaria até hoje perdendo tempo escrevendo blog.<br />
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Bem, depois desses segundos que demorei pra reconhecê-la, olhei pra ela, esperando pra cumprimentá-la. Um oi, nada demais. Até comecei a esboçar um sorriso pra dizer 'oi', mas aí ela simplesmente vira a cara. Fiquei com cara de tacho, obviamente. <br />
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Teria ela não me reconhecido? Não, essa hipótese é muito improvável. A vantagem de ser feio como eu é que isso acaba sendo marcante. Talvez não no bom sentido, mas, como dizem os publicitários (aliás, parabéns pelo <a target="_blank" href="http://www.google.com.br/search?q=dia+dos+publicitários"><b>dia de hoje</b></a>), "falem mal, mas falem de mim".<br />
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Teria ela não me visto? Não creio, já que ela passou bem na minha frente. Se bem que sempre tem a remota hipótese da pessoa estar com a cabeça na lua. Mas não foi o que me pareceu.<br />
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A minha conclusão, e eu posso estar errado (ou não), é que ela escolheu me ignorar, talvez pra evitar aquele momento esquisito ou sei lá. Quer dizer, pra ela, porque pra mim não. <br />
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Talvez ela pensasse que me cumprimentando eu interpretaria errado, como se ela estivesse dando mole pra mim, e eu me jogasse em cima dela com uma fúria animal, rasgando sua roupa num gesto de luxúria desenfreada. Talvez, mulheres pensam muita coisa esquisita.<br />
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O problema é que, de certa maneira, eu entendo esse dilema feminino. Note bem, homens não são os seres mais talentosos em decifrar os milhares de sinais não verbais que a mulher emite, especialmente se o sinal de 'oi eu sou simpática' e o sinal 'oi eu quero dar pra você' são diferentes apenas com um milésimo de sutileza. Então, o que o troglodita faz é interpretar todos os sinais como 'oba ela quer me dar', o que nem sempre é o caso. E fazendo isso, deixa a mulher calejada, preferindo nem dar um 'oi' pra não ser mal interpretada.<br />
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Bem, esse problema é tão insolúvel quanto tentar provar que P = NP (se você não entendeu, não procure entender), por isso não perderei mais tempo nele.<br />
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O fato é que eu também sou péssimo em observar esses sinais não verbais. Pelo menos se eles se dirigirem a mim. Então, eu interpreto todos os sinais com o menor denominador comum, ou seja, sempre como 'oi eu sou legal'. Por isso, se algum dia você me ver por aí (até parece, quem eu estou enganando?), pode me cumprimentar. Eu não mordo. No máximo estendo o dedo médio, mas isso não machuca ninguém (bem, talvez o ego de alguém muito sensível).<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaOcyWqInzlVngpy9VK5GUsUmXs7lIMJylCvhYzevgo17qdGtmlhl86K_jBaBWWJ2JpMb-cm5VMFSju0jbn__-OQGtIDCFYlxpLvvrvai13bZPc_iisPJHEWogtCTkkGZ2ynbZ7Phr_JM/s1600/fuck-you-guys.jpg" /></div>Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-80611193792688985332011-02-01T11:58:00.000-08:002011-02-01T11:58:24.508-08:00A dura vida de quem pega ônibusHoje, meu último dia de férias, fui pegar um cinema a tarde. Que sensação boa de ir no cinema no meio da tarde em um dia de semana. O chato é que, saindo do shopping, estava chovendo.<br />
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Do shopping até a minha casa, geralmente leva uns 30 minutos andando. Eu, pessoa desprovida de veículo automotor, resolvi pegar um ônibus que, se não me deixa em frente de casa, pelo menos economiza uns 15 minutos de caminhada, que seriam 15 minutos a menos de água na cabeça.<br />
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Pois fiquei no ponto esperando o ônibus. E passa um, passa outro, mais outro, e nenhum da linha que eu pegaria. E passa 5, 10, 15, 20 minutos... Depois de 35 minutos, nada ainda. A chuva diminuiu um pouco de intensidade e eu resolvi voltar a pé mesmo. <br />
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Eis que, depois de andar umas duas quadras, estou esperando o sinal abrir pra atravessar a avenida. Só de sacanagem olho pra trás, certo de que o ônibus que eu queria pegar estava chegando no ponto. Claro, porque basta a gente sair do ponto, ou ir correndo pra ele, que o nosso ônibus passa (e nem dá um tchauzinho).<br />
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Me senti num episódio do Bob Esponja:<br />
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<iframe title="YouTube video player" class="youtube-player" type="text/html" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/Q3rSHLxbXpo" frameborder="0" allowFullScreen></iframe>Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-6654041118557712052011-01-25T13:55:00.000-08:002011-01-25T13:55:10.919-08:00Note to myself: nunca mais tirar férias em janeiroSei que as pessoas adoram o verão, ficar tostando na praia e etc., mas eu detesto. Aliás, gosto mesmo do inverno.<br />
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Por isso, é a maior burrada da minha parte tirar férias em janeiro. Janeiro é bom mesmo pra estar no escritório: tem ar condicionado, pouca gente pra te encher o saco (porque as outras pessoas estão de férias) e o clima é bem calmo. <br />
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Mas se você está de férias e a sua casa (como a minha) não tem uma das maiores invenções do mundo civilizado (o ar condicionado), a sua sina ou é ficar na frente do ventilador suando que nem um porco e se sentindo mal por causa do calor, ou sair de casa. Se você resolver sair de casa, é bom que seu carro tenha ar condicionado. Mas, se você for um fudido como este que vos fala, você ou vai a pé (embaixo de um sol de rachar coco) ou pega um busão. Nenhuma das opções é boa, mas...<br />
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Aí você chega num shopping, porque é um lugar garantido que tenha ar condicionado e que mantenha um clima de país civilizado. Só que, como janeiro também é mês de férias escolares (coisa que você esqueceu no milênio passado, ter duas férias ao ano), você vai enfrentar aquele espaço lotado. E pior, lotado de aborrescentes com suas variadas tribos. Que, na maioria das vezes, são um bando de mal educados e folgados.<br />
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Não falo mal dos adolescentes por estar velho (apesar de eu ser um velho rabugento de espírito). Falo isso porque é a verdade. Ou você nunca foi numa sessão de cinema cheia de jovens espinhudos?<br />
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E esse calor infernal que não me deixa em paz... Nem a cerveja dá conta.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-26678648510130576492010-10-30T13:18:00.000-07:002010-10-30T13:18:20.982-07:00Sonho esquisito do diaHoje acordei tarde, depois de um sonho bem esquisito (e que sonho não é?)<br />
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De fato, acho que eram dois sonhos, mas a minha mente deturpada deve ter juntado os dois e feito um sonho tão sem sentido quanto o novo filme do Jabor.<br />
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Na primeira parte do sonho, eu era uma espécie de agente ou investigador. Estávamos investigando uma espécie de batráquio (ou seja, um sapo) que às vezes aparecia, de fitinha rosa. Sabe aquelas fitinhas que madame põe em volta do pescoço do cachorrinho? Essa mesma, mas em volta de um sapo.<br />
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O que, no decorrer do sonho, se provou errado, pois não era um sapo, mas uma sapa. E, mais errado ainda, não era uma sapa, era uma linda loirinha de cabelos curtos e olhos verdes, que há algum tempo atrás havia sofrido uma espécie de maldição proveniente de uma estátua de um sapo (sapo boi). Mas, felizmente, neutralizamos a maldição, a mocinha se tornou mocinha novamente, e a estátua não lembro que fim levou. <br />
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Se você assiste Warehouse 13, com todos os artefatos maneiros, deve saber como foi o sonho. Muita influência desse seriado, já que ando assistindo ele.<br />
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Agora, a segunda parte do sonho. Depois de todo o drama batráquio resolvido, eu e meu parceiro de investigação (estilo FBI, sabe, onde todo mundo anda com um parceiro) estávamos interrogando a mocinha, que era absolutamente linda. Depois de acordado, eu acho que ela era uma mistura de várias mocinhas lindas que já vi (alguém disse que nos sonhos, nada se cria e tudo o que a gente vê, a gente já viu acordado, mesmo sem lembrar).<br />
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Voltando à mocinha, era realmente linda. E lembro de até ter tentado começar a paquerá-la, mas estava indo com calma, afinal, ela tinha passado algum tempo vivendo como anfíbio e uma coisa dessas pode traumatizar uma pessoa. :)<br />
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Mas eis que meu parceiro dá uma de cara de pau e eu vejo ele começando a se aproximar dela, tocar nela e tal, e vejo que o safado já ganhou a menina. E eles se beijam. E eu lá, segurando uma revista nas mãos (não sei porque a revista estava lá, mas era uma Superinteressante), até que na primeira retomada de fôlego deles, aproveito pra dizer que não me sentia bem segurando vela e me mando dali.<br />
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Lembro que o cenário era uma biblioteca... Não lembro o porquê.<br />
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E logo o sonho acabou. Assim... Forever alone. XDAndarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-86692270071439759452010-07-10T17:40:00.001-07:002010-07-10T18:04:18.438-07:00Homem na seca é issoSério, homem quando está solitário e carente (<i>entenda-se: na secura</i>) há um tempo razoável, começa a perder neurônios. Veja alguns sintomas que confirmam essa brilhante hipótese médica (<i>House style</i>):<br /><br />1. A gente passa a baixar os padrões. Dois exemplos:<br /><br />- aquela mina que era totalmente intragável passa a ser "boazinha". <br /><br />- a faixa etária das que consideramos MILF aumenta bastante. (<i>Hummm, aquela tiazinha da farmácia até que dá um caldo, hein?</i>)<br /><br />Mas o pior mesmo é o sintoma número 2, que ataca principalmente os mais carentes de afeto:<br /><br />2. A gente fica bobo e com paixonite aguda.<br /><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://s772.photobucket.com/albums/yy4/eeyamane/filmes/big/?action=view¤t=spotless-mind03.jpg" target="_blank"><img src="http://i772.photobucket.com/albums/yy4/eeyamane/filmes/spotless-mind03small.jpg" border="0" alt="brilho eterno de uma mente sem lembrancas,eternal sunshine of the spotless mind,screencaps"></a></div><br />É isso aí. Homem carente é igual mulher (<i>ou pelo menos, boa parte delas</i>). Se apaixona "facinho, facinho". E nem precisa ser por algo concreto (<i>como uma piscadela, uma língua e um convite pra cama</i>). <br /><br />Convenhamos, homens no geral não são bons em identificar emoções e pequenos sinais corporais. Se o cara anda na secura, então... Qualquer sorrisinho, qualquer gentileza, já é um sinal divino pro cara ficar apaixonado e imaginar cenas de sexo tórridas entremeadas por cenas vindas de comédias românticas.<br /><br />É sério, homem burro (<i>e paixão nada mais é que um estado transitório de burrice</i>), não diferencia nada. O sorriso da vendedora da loja é um daqueles "sorriso quero vender algo que você não precisa, mas que seja caro e garanta uma boa comissão" ou um "sorriso quero te dar beijo, sexo e comidinha na boca, não necessariamente nesta ordem"? O homem na secura não sabe. (<i>Mas fica a dica: sempre é a primeira opção.</i>)<br /><br />Então é isso. Se você for vendedora, já tem uma dica de como aumentar suas vendas para caras carentes (<i>sim, isso foi de propósito</i>).Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com33tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-18657730894532717352010-07-01T18:49:00.000-07:002010-07-01T18:52:48.534-07:00Agora, right now, estou bêbadoPor isso, me desculpem se esse texto sair com muitos erros de português, porque as letras estão dançando na tela. Ou eu é que estou rodopiando, rodopiando...<br /><br />Eu não sei o que eu queria falar. Eu tinha um propósito. Eu juro. Mas esqueci. Bêbado é foda.<br /><br />Faz tempo que eu não ficava bêbado assim. Oh Lord, nem sei o que estou fazendo.<br /><br />Tchau. Nos vemos mais sóbrios.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-78436057738873832462010-06-26T19:50:00.000-07:002010-06-26T19:54:08.221-07:00Não é nada fácilUma das razões pelas quais eu não atraio muita gente ao meu redor:<br /><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://s772.photobucket.com/albums/yy4/eeyamane/filmes/big/?action=view&current=whatever-works20.jpg" target="_blank"><img src="http://i772.photobucket.com/albums/yy4/eeyamane/filmes/swhatever-works20.jpg" border="0" alt="tudo pode dar certo,whatever works,screenshots" /></a></div><br />Do filme <a target="_blank" href="http://estou-sem.blogspot.com/2010/06/filme-tudo-pode-dar-certo.html"><b>Tudo Pode Dar Certo</b></a> (ou melhor dizendo, no original, <b>Whatever Works</b>).Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-80637476307029607412010-06-25T19:28:00.000-07:002010-06-25T19:50:36.723-07:00Escrever cansaNão sei quanto a você, caro leitor(a), mas eu acho que escrever é um negócio bastante cansativo.<br /><br />Quero dizer, escrever um texto mais ou menos decente. Porque esses textos bem corridos, bem "blog de raiz maltrapilho", não levam muito tempo. Correção ortográfica? Só se a ferramenta tiver e estiver habilitada (<i>gosto do Chrome por causa disso tb</i>)... <br /><br />Nesse tipo de texto, como este post, eu nem penso muito antes de começar a escrever. Vou simplesmente escrevendo conforme vou pensando, como se fosse uma conversa. Ok, um monólogo, já que o monitor não me responde.<br /><br />Mas voltemos aos textos mais "profissionais". Entre aspas, porque profissional ganha dinheiro, e eu não ganho dinheiro com meus textículos. (<i>E não, adsense não conta, porque ainda não saquei nenhuma vez a minha grande bolada lá. Que ultimamente, depois de anos, rende a gigantesca fortuna de 1 dolar por dia, em média.</i>)<br /><br />Eu sou um grande convencido e egocêntrico, e talvez por isso (<i>ou por ser genial mesmo</i>), considero meus <a target="_blank" href="http://estou-sem.blogspot.com/search/label/filmes"><b>posts de filmes</b></a>, muito bons. (<i>Ok, tem um ou outro que não saiu como eu gostaria, mas tudo bem.</i>) O problema é <b>o tempo</b> que eu gasto escrevendo eles. Em média, um post demora umas duas horas pra ficar pronto, desde o texto até a escolha e arrumação das imagens (<i>não posso ficar postando muita imagem grande, por exemplo, senão meu espaço de armazenagem logo logo estoura</i>), procura pelo trailer, etc. Mas já teve posts que demoraram quase três horas para ficarem prontos.<br /><br />E aí, uma voz dentro da minha cabeça, provavelmente a mesma que está me mandando ir dormir agora, me pergunta: por quê? Por que gastar 2 horas pra escrever um texto que quase ninguém vai ler? E eu respondo: não sei.<br /><br />E assim, vou dormir.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-23813278116279548642010-06-16T18:48:00.001-07:002010-06-16T18:49:07.616-07:00Hello worldÓ, eu até queria escrever alguma coisa edificante, divertida, engraçada, etc., mas tô cansado e com a tendinite incomodando. Então tchau.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-42485688491820261292010-06-07T18:07:00.000-07:002010-06-07T18:22:47.346-07:00ComidasEu acho que ultimamente venho enlouquecendo (<i>mais do que o normal</i>). E isso se reflete no que ando comendo (<i>estou falando de alimento mesmo, não daquilo que a gente come na horizontal, ou whatever</i>).<br /><br />Uma das coisas que eu comi outro dia, foi salada de pepino (<i>no pun intended</i>). Previously, jurei que no dia que não precisasse mais comer em RUs, eu nunca mais iria comer salada de beterraba (<i>que era comum aqui no bandejão da UFSC</i>) ou de pepino (<i>que era comum no bandejão da UEM</i>). Jurei, numa cena memorável como a do E o Vento Levou, que nunca mais comeria essas porcarias... Até porque eu não gosto mesmo disso aí.<br /><br />Mas não sei por que raios, outro dia no bandejão self service da empresa, me deu vontade, eu peguei um pouco de salada de pepino e comi (<i>e não, não estou grávido</i>). E não, eu não gosto de pepino.<br /><br />Outra coisa que eu não gosto, mas que me deu vontade de comer: sushi. Peixe cru. Nunca gostei muito de comida japonesa, e nunca, mas nunca tive vontade de ir comer sushi ou sashimi por conta própria (<i>só comia quando tinha festa, já que sou descendente e nas festas familiares, sempre tem - e às vezes não tem outra coisa</i>). A última coisa que alguém iria me escutar seria eu dizer "vamos comer um sushi?" (<i>ou antepenúltima, as duas últimas seriam salada de beterraba e de pepino</i>).<br /><br />Estranho, muito estranho. Acho que o apocalipse bate a porta mesmo, e Sam e Dean não aprisionaram o Jacob direito (<i>Supernatural e Lost</i>).<br /><br />De qualquer modo, foi semana passada que tive essa vontade de comer comida japonesa. Como essa porcaria é cara, eu esperei pra ver se a vontade passava. Não passou, a desgraçada.<br /><br />Acho que esse fim de semana vou ter que ir comer essa droga em algum lugar. Vambora?Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-49209268049244349792010-06-06T08:25:00.000-07:002010-06-06T08:55:33.050-07:00Este sou euJá que falamos em Brilho Eterno (ou Eternal Sunshine of the Spotless Mind), este sou eu. (<i>Ok, é o Jim Carrey, mas você entendeu... ou não. Neste caso, leia mais e aprimore a sua compreensão de texto.</i>)<br /><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://s772.photobucket.com/albums/yy4/eeyamane/filmes/big/?action=view¤t=spotless-mind07.jpg" target="_blank"><img src="http://i772.photobucket.com/albums/yy4/eeyamane/filmes/spotless-mind07small.jpg" border="0" alt="brilho eterno de uma mente sem lembranças,eternal sunshine of the spotless mind,screencaps"></a></div><br /><blockquote>- Você é meio calado, não é?<br />- É só que... sabe, minha vida não é tão interessante. Vou pro trabalho, volto pra casa. Não sei o que dizer.</blockquote>Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-76317785356905701662010-06-06T08:20:00.000-07:002010-06-06T08:21:59.959-07:00Dor de cabeçaVinho barato + gripe + rinite + Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças = Manhã com dor de cabeça.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-62455922898650658292010-06-04T19:23:00.000-07:002010-06-04T19:50:41.396-07:00Eu não tenho celularPois é, eu sou uma das raras pessoas hoje em dia que não possuem celular. Se considerarmos os grupos nos quais eu posso ser classificado, eu deveria ter um celular. Vejamos: eu sou formado em Ciência da Computação, logo, uma pessoa que deveria estar em íntimo contato com esse tipo tecnologia. Também tenho sangue nerd correndo nas minhas veias, e como é de público conhecimento, todo nerd anda com um monte de bugigangas tecno, a não ser que ele fuja do estereótipo. Como eu.<br /><br />Quer dizer, nem tanto do estereótipo físico. Por exemplo, eu uso óculos desde que eu estava no primário, e prefiro usá-los a usar lentes de contato. Ou mesmo de fazer uma cirurgia pra corrigir a miopia. Mas voltando ao celular...<br /><br />Pensei em finalmente comprar um. Claro que eu não quero qualquer um, eu quero um smartphone com Android (<i>não, eu não quero um iPhone, aliás não quero nenhum iQualquerCoisa</i>). E aí vou eu pesquisar nas lojas, e acho tudo com um preço muito absurdo. Quer dizer, nem tanto, mas pagar uns 800 pilas (<i>na promoção</i>) por um aparelhinho que eu provavelmente vou perder ou quebrar dentro de uns seis meses, não me atrai muito a ideia.<br /><br />E aí eu vejo que um monitor (<i>que também serve como TV, o que é muito importante, porque eu ando querendo um videogame também</i>) de 23 polegadas sai pelo mesmo preço. E eu penso: além do aparelho, se eu comprar o celular, vou ter que pagar uma mensalidade... Se eu comprar o monitor, logo vou querer comprar um PS3... <br /><br />Aí eu lembro que ninguém liga pra minha pessoa, e eu também não ligo pra ninguém, exceto pra pizzaria delivery (<i>o que, convenhamos, não é motivo suficiente pra ninguém comprar um telefone</i>). E eu também me lembro que estou com tendinite (<i>e não deveria nem estar digitando tanto assim</i>), e que ficar apertando botões que nem um maluco no joystick (<i><a target="_blank" href="http://estou-sem.blogspot.com/2010/02/controlando-peitos-best-joystick-ever.html">a não ser num desses <b>aqui</b></a></i>), não vai me ajudar em nada, a melhorar desse incômodo.<br /><br />E aí que eu vou guardar uma parte dessa grana, e a outra parte, vou comprar mais livros. E revistas. (<i>E quando é que sai o próximo <a target="_blank" href="http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=65011"><b>Scott Pilgrim</b></a>?, Damn it!</i>) E ah!, claro, beber também.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-595016625202848451.post-59096163847465938302010-06-03T18:40:00.000-07:002010-06-03T19:10:57.340-07:00Hoje levei um foraPara a maioria das pessoas, convidar outra pessoa pra sair, num contexto de paquera/vamos-nos-conhecer, pode ser uma coisa normal. Mas, pra uma parte da população, não é. Essa parte da população, só de pensar em falar com a tal pessoa, começa a dar tremedeira nas mãos, suar frio, engasgar e gaguejar nas palavras. Bem, eu faço parte dessa parcela da população.<br /><br />Ou fazia, talvez. Ainda não sei bem. <br /><br />O fato é que há algum tempo, eu tinha andado de olho numa garota. Ela trabalha na bilheteria do cinema, e eu não sei se vocês sabem, mas <a target="_blank" href="http://estou-sem.blogspot.com/search/label/filmes">eu vou <b>muito</b> ao cinema</a>. De qualquer forma, já há algum tempo, eu, sempre muito simpático (<i>homem sempre é super simpático quando está a fim da garota ou simplesmente acha ela bonita</i>), venho sempre trocando cumprimentos e sorrisos com ela, etc. Essas coisas bobas. Um embrião de flerte, enfim.<br /><br />E então, há umas três semanas atrás, eu decidi. Iria fazer papel de bobo, iria me ferrar inteiro, mas eu ia convidar a garota pra sair, tomar um café ou um jantar (<i>não ia convidar ela pra ir ao cinema, já que eu acho que as pessoas normais não devem gostar de ir passear no próprio trabalho</i>). Infelizmente, nas semanas anteriores, eu não consegui falar com ela, porque na fila pra comprar um ingresso, eu sempre acabava em outro atendente. Mas hoje, finalmente, eu fui parar no seu guichê.<br /><br />E eu, incrivelmente, depois de comprar o meu ingresso, convidei ela pra sair. Sem nervosismo, sem tremedeira, sem adrenalina nas alturas. Simplesmente, perguntei (<i>sorridente, claro</i>) se ela não gostaria de sair um dia. <br /><br />Evidentemente, a resposta foi não. Claro, se a resposta fosse um sim, isso não seria a minha vida, nem seria a realidade, seria uma comédia romântica de Hollywood e eu estaria num Show de Truman ou mesmo plugado servindo de bateria. Mas estou divagando. Ok, ela respondeu que o namorado dela não gostaria muito daquilo, simpática e sorridente como sempre. (<i>Hmmm, começo a suspeitar que talvez isso esteja mais pra um comercial de pasta de dentes... Não, os meus dentes nem são tão brancos assim.</i>)<br /><br />Bem, depois dessa resposta, nem sei bem o que me passou pela cabeça. Ou melhor, sei sim: nada. Ou melhor ainda: uma sensação de alívio. Nada de tristeza, nada de baixa estima, apenas alívio. De ter ido lá e feito o que eu havia decidido fazer. Me senti quase como um soldado voltando para casa, depois de uma batalha. (<i>Ok, eu sei que é exagero.</i>)<br /><br />Aliás, uma parte de mim sentiu alívio porque já esperava uma resposta negativa. Quer dizer, se ela tivesse dito "sim", o que é que eu ia fazer? Eu sinceramente, não sei o que faria, porque nunca tive um encontro (<i>nesse contexto</i>) na minha vida. Mas esse assunto fica pra outro dia.Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/11889389579527339760noreply@blogger.com18